logo

Bruno Mendes

Tamanha desordem

Não há nada de novo neste texto, tal como nada de novo houve neste dia. Os problemas de hoje são os mesmos de ontem, e a vida é uma luta inóspita e sem termo contra os próprios defeitos. Creio fundamentalmente que a personalidade é estanque e alheia à circunstância, e a história é apenas uma estória que contamos para nos fazer acreditar em algo mais.

Há quem acredite na predestinação. Face tamanha desordem, eu não acredito em nada. Anseio, porém, que me convenças do contrário, algures no espaço-tempo, onde possa finalmente viver livre das amarras avassaladoras do pensamento, a luz não mais cesse, tuas mãos jamais larguem as minhas, qual nirvana.