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Bruno Mendes

A estação mais quente

Quisesse o destino dar-nos uma outra base relacional, capaz de expandir além do eu e fletir os hábitos para além do que havíamos treinado, seríamos porventura um só. Quiséssemos nós outra história, estaríamos gozando o inverno como se da estação mais quente se tratasse, tal seria o calor do toque e a pequenez do espaço que nos separaria quiçá na mesma cama.

Quis no entanto o peso do tempo que o tempo nada valha e hoje este seja apenas um pensamento esporádico, pois não há dor que prevaleça para além dos meses ou da vontade do ser humano em acordar, dia após dia, para encontrar, quem sabe, um novo calor na vida.