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Bruno Mendes

Paradoxo

Por vezes, sinto algo diferente. Algo me atinge suavemente, irrompendo no meu corpo sob a forma de um agradável arrepio, contrariando a minha ideia de mim mesmo. Um simples olhar, um sorriso envergonhado ou uma balada de fundo são capazes de me desinstalar, ao ponto de me achar outro, um romântico de eleição, predileto pela emoção e pela sentimentalidade gratuita. Parece saído de um filme de ficção científica, mas prefiro chamar a isto um peculiar e requintado paradoxo.