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Bruno Mendes

A persistência da memória

Sem nada fazer, aproxima-se a mais doce das personagens, senta-se porque estava o lugar vazio, ou porque o decidiu no momento. Eu estava desligado, estava sendo eu, e ela chegou, simplesmente, assim.

É menina da cidade, mas de uma cidade sonhada, longínqua e naturalmente fresca. Acomete-se em diálogos desprendidos de interesse, leva-me para longe com um punhado de sílabas, é normal sem o ser, é misteriosa mas familiar.

Daqui em diante, vou desligar-me. A vida acontece e as histórias fazem-se sem que o esperemos. Vou agir naturalmente, vou ser eu, pelo menos até voltar a esquecer-me de tudo isto.